[Quando não estás]
Escrevo-te sempre dentro de mim, quando não estás. Na caligrafia dum mar choroso, na dormência dos meus dedos sem pé, aflitos de desprovidos do teu rosto, perpetuando nas minhas paredes o calor macio do teu corpo - meu sol, meu sal - guardado nas pálpebras, ancorado aos lábios. Escrevo-te sempre dentro de mim, para que quanto estiveres por perto te poder abraçar e dizer nos olhos o quanto te amo, o quanto te quero aqui.
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