domingo, 15 de agosto de 2010

#5

[Sempre, nas minhas mãos]

Ficas sempre nas minhas mãos. Aprisionada, no interior dos gestos. Solto-te muito devagar, lentamente, duma forma invisível ao olhar e ali fico imóvel, atónito, a sentir-te dançar no respirar, a absorver a luz do teu sorriso, a saborear um beijo teu adormecido nos meus lábios. Liberto-te, aos poucos, apenas para te sentir mais tempo a espreguiçares-te no meu corpo, aninhada, alastrando o teu calor, a espalhares-te na minha pele. Ficas sempre nas minhas mãos e beijo-te nelas antes de dormir, quando não estás.

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